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OPINIÃO Quarta-feira, 26 de Março de 2025, 14:16 - A | A

26 de Março de 2025, 14h:16 - A | A

OPINIÃO / EMILENE NUNES

Saúde mental dos policiais e servidores penais: é um debate urgente



Quando falamos em segurança pública, poucos lembram dos policiais e servidores penais, profissionais que garantem a ordem, segurança e disciplina, dentro das unidades prisionais. Sua rotina é marcada por situações de extrema pressão, exposição à violência e convivência com histórias de crimes e sofrimentos. Apesar dos desafios, é uma profissão que oferece a chance de fazer a diferença, ajudando na reinserção social de detentos e promovendo mudanças reais de vida.

No entanto, o custo emocional é alto. Dados da SENAPPEN mostram que 37,7% dos policiais penais nunca ou raramente se sentem revigorados após o sono, e muitos enfrentam ansiedade, depressão e estresse pós-traumático. Desde 2024, o SINDSPPEN-MT tem oferecido atendimento psicológico totalmente gratuito, não apenas para os policiais penais e servidores, mas também para seus dependentes. De lá para cá mais de 350 pessoas já buscaram ajuda. Além disso, o sindicato faz todo o acompanhamento e direcionamento para atendimentos médicos e hospitalares quando necessário. Mesmo assim, a demanda é grande, e os servidores ainda são carentes de suporte.

Programas como o Escuta Susp, do Ministério da Justiça e Segurança Pública do Brasil, prometido pelo Estado de Mato Grosso, também já está em funcionamento e qualquer policial e servidor penal pode se inscrever. Cuidar da saúde mental dos policiais e servidores penais não é apenas uma questão de bem-estar individual; é essencial para a segurança pública. Profissionais emocionalmente equilibrados tomam decisões mais assertivas e garantem um sistema prisional mais eficiente. É urgente que o poder público implemente políticas de suporte psicológico e melhore as condições de trabalho.

A sociedade também tem um papel nisso. Valorizar esses profissionais é reconhecer que, ao cuidar de quem cuida da segurança, estamos investindo no bem-estar de todos. A saúde mental não pode mais ser negligenciada. É hora de agir.

Emilene Nunes de Souza é diretora de Atividade Social e da Saúde do SINDSPPEN-MT

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Este artigo de opinião representa a visão do autor e não necessariamente a opinião do Semana7.

 

 



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Gil 02/04/2025

É vergonhoso, o abandono desses servidores pela sua secretaria, não busca saber como estão mentalmente após um afastamento, simplesmente colocam eles de volta ao trabalho, correndo um grande risco os redicandos, para eles próprios e os colegas, sem uma avaliação seria para um retorno saudável!!!

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1 comentários