Folha Max
A Polícia Civil do município de Confresa (1.160 km de Cuiabá) vai investigar uma denúncia contra um servidor do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) por crime de importunação sexual contra uma empresária. Ele é acusado de ter levado a vítima a força para um motel utilizando o carro dela, enquanto viajava de carona.
O fato foi registrado na manhã da última terça-feira (27) quando o agora suspeito procurou a Polícia e alegou ter sido agredido pelo marido da empresária. Ocorre, que no desenrolar dos fatos, o homem acusado de agressão foi à delegacia e explicou que agiu para defender a esposa.
Segundo ele, a mulher teria dado uma carona ao servidor público que voltava da cidade de Porto Alegre do Norte (1.125 km de Cuiabá) e durante deslocamento pela BR-158 o servidor pediu para dirigir o carro da empresária, para testar o veículo.
Com base nessa versão, quando o tarado já estava no comando do volante e passava pela região de Confresa, ele decidiu entrar num motel às margens da rodovia levando a mulher casada, sem autorização dela. Ainda com base nessa versão da história, a mulher ficou nervosa e paralisou, sem esboçar reação.
Enquanto estava sentada no banco do passageiro, a empresária levava o celular no meio das pernas e num determinado momento o servidor, que de carona já era o motorista do carro, teria tentado pegar o celular e tocado nas pernas da vítima.Já nas dependências do motel, na garagem, a mulher teria se recusado a descer do carro enquanto o acusado adentrou para o quarto.
Ela aproveitou então ligou para pedir ajuda e conseguiu falar com o marido contando o que estava acontecendo.No relato policial, consta que mesmo constrangida e coagida, a empresária não foi abusada sexualmente e depois de um certo tempo ela e o acusado foram embora do motel. Ao chegarem na cidade, o marido da empresária já estava aguardando e agrediu o servidor.
VERSÃO DO SERVIDOR
Consta na ocorrência, que foi o servidor do Incra quem procurou a delegacia da Polícia Civil em Confresa e denunciou o marido da empresária por agressão, representando-o pelo crime de lesão corporal, ameaça e injúria. Outros detalhes da investida contra a empresária e da ida ao motel contra a vontade dela, o suspeito não disse nada.
Já o marido a empresária, ao ser conduzido por investigadores até a delegacia junto com a mulher, relatou o episódio da carona e do motel. Dessa forma, a Polícia Civil segue investigando a situação, no mínimo, inusitada.