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Importação Sexta-feira, 12 de Julho de 2019, 15:52 - A | A

12 de Julho de 2019, 15h:52 - A | A

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Eutanásia é protocolo do Ministério da Saúde de combate a leishmaniose canina



A eutanásia de cães infectados é o método de controle da leishmaniose visceral canina, usado pela Vigilância Municipal em Zoonoses, em Barra do Garças. O município segue o protocolo do Ministério da Saúde, frente a esses casos, e não oferta e nem recomenda os ditos tratamentos contra a doença, como forma de combate. O esclarecimento vem à tona após o Semana7 publicar matéria sobre o assunto na semana passada.

Através da Vigilância Municipal em Zoonoses, o município faz o controle das chamadas zoonoses, que são doenças infecciosas de animais, capazes de serem transmitidas a humanos. No município, o foco maior é quanto à proliferação da leishmaniose, transmitida ao homem pela picada do mosquito denominado flebotomíneo.

O inseto fica apto a contaminar uma pessoa ou um animal, após picar um hospedeiro infectado, que pode ser um cão. Em Barra do Garças, de janeiro a junho de 2019, foram identificados 168 cachorros que portavam o protozoário causador da doença. O valor representa 26,5% dos testes rápidos de detecção realizados pela Vigilância de Zoonoses em Barra do Garças no período.

Nos cães, não há cura para a doença, apenas tratamentos capazes de reduzir a quantidade de protozoários no corpo do animal. No entanto, esses métodos não são reconhecidos cientificamente por eficácia em combater a proliferação da doença.

“Barra do Garças segue o protocolo determinado pelo Ministério da Saúde. A gente faz a eutanásia, quando o cão é diagnosticado com a leishmaniose visceral canina, pelo teste DPP [que oferece resultado em 15 minutos] e depois pela coleta do sangue, que a gente manda para ser analisado em Cuiabá”, explica a enfermeira Maggie Elaine Lima da Fonseca, coordenadora da Vigilância Ambiental, em Barra do Garças. Segundo ela, o procedimento só é aplicado se o resultado do exame de laboratório, na capital, der positivo.

Maggie afirma que é preciso sensibilizar a comunidade e os donos de animais sobre a importância da eutanásia para o bem da saúde pública. “Não tem comprovação científica de que esse cão vai ser curado da leishmaniose com um tratamento.”

Se o dono se negar a entregar o animal contaminado, terá que assinar um termo de recusa, se responsabilizando por ele. “Nós podemos até acionar a promotoria, porque não temos garantias de que o dono vai estar tratando esse cão.”

A coordenadora também alerta os moradores para medidas preventivas contra a zoonese. Como o mosquito se desenvolve em matéria orgânica em decomposição, é importante cuidar da limpeza dos quintais e da poda das árvores. “O vilão da história é o mosquito flebotomíneo. Ele vem e fica em lugares onde tem muitas árvores, muita sombra, locais sujos e também locais onde tem galinheiro.” (Por: Kayc Alves/Da Redação)

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