Redação
Em um movimento que deixaria até mesmo os neandertais (espécie humana que viveu há 500 mil anos) perplexos, o prefeito de Campinápolis Jeovan Faria e sua Câmara de Vereadores decidiram inovar — ou, se preferir, retroceder — na arte de consertar buracos. Longe das complexidades do asfalto, material cuja existência só é conhecida por engenheiros e secretários municipais nomeados, a administração local resolveu adotar uma técnica ancestral composta de pedras e terra.
Não se trata de preguiça, mas de um resgate histórico. Por que usar "material asfáltico" para buracos pequenos, como sugere o advogado Mizael Inácio à coluna Direto das Ruas, “se podemos reviver os tempos gloriosos em que as estradas eram feitas de poeira e esperança? E para os buracos grandes, a solução é ainda mais genial”, dia o advogado. Quanto mais fundo, mais pedras. Quem precisa de recapeamento quando se se tem um toque rústico que nos remete às trilhas históricas mato-grossense do Século passado? ”
Os moradores, é claro, estão maravilhados. "Sempre quis sentir que estou atravessando um rio de pedras a caminho do trabalho", comentou um cidadão, enquanto seu pneu murchava em frente a uma cratera decorada pelo o entulho. Outros elogiaram a sustentabilidade da medida: "É a primeira vez que vejo uma prefeitura incentivando o off-road (aquele que opera fora da estrada) dentro da cidade".
Enquanto o advogado Mizael insiste em detalhes técnicos — como "asfalto" e "manutenção adequada" —, a gestão municipal prova que, às vezes, a verdadeira evolução está em olhar para trás. “Quem sabe, no próximo ano, a atual administração substitua os semáforos por tochas?”