Da Redação
A prefeita Flávia Moretti (PL), de Várzea Grande (MT), perdeu o primeiro ‘embate’ com a Câmara de Vereadores após ter seu veto à lei que exige curso superior para o cargo de secretário municipal derrubado pelos parlamentares no último dia 25. Com isso, alguns responsáveis pelas pastas de sua gestão são diretamente atingidos, incluindo o secretário de Assuntos Estratégicos, Carlos Araújo, marido de Flávia.
O texto do projeto aprovado por unanimidade na Câmara no final do ano passado exige a apresentação de currículo acadêmico e experiência profissional para toda e qualquer indicação e nomeação no âmbito do município de Várzea Grande, para os cargos de secretários, subsecretários e superintendentes municipais.
O vereador Bruno Rios (PL), autor da proposta, disse que a qualificação técnica é indispensável para evitar nomeações meramente políticas e garantir uma gestão pública ética e eficiente. "A eficiência da administração pública só será alcançada quando tivermos profissionais qualificados, com conhecimento da área, para entregar um serviço público de qualidade”.
Essa medida ganhou contornos políticos e o acirrado debate chegou de pronto aos gabinetes de prefeitos de vários municípios, repletos de assessores de cargos de confiança. Essa lei promete transformar o modelo em vigor em muitas prefeituras que abrigam grupos seletos daqueles que em desde priscas eras são chamados de “amigos do rei”, com salários excepcionais e regalias, muitas delas insondáveis aos olhos do público.
Resta saber, no entanto, se algum vereador ou vereadora de outros municípios de Mato Grosso terão a coragem de levar essa ideia adiante, mesmo que assanhe um vespeiro repleto de privilegiados, sendo que muitos deles sem os quesitos que foi estipulado em lei pela Câmara de Várzea Grande.